Exames da Mama
Mamografia
Qual é o papel da mamografia digital?
A mamografia é uma ferramenta importantíssima para a detecção do câncer de mama, antes que a doença tenha se manifestado. O método é capaz de diagnosticar sinais de câncer antes que ele possa ser identificado pelo exame clínico.
É um exame fundamental para o rastreamento de microcalcificações, que podem ser precursoras de um câncer. Em algumas situações, a fim de complementar o resultado, o médico pode pedir outros exames, entre eles, a ressonância magnética e a ultrassonografia, como nos casos de mamas densas que podem ocultar pequenos nódulos na mamografia.
Com a difusão do rastreamento mamográfico, a partir dos anos 1990, o número de mortes decorrentes do câncer de mama reduziu em cerca de 30%, devido à detecção precoce do tumor.

Ultrassonografia
Qual é o papel da ultrassonografia?
A ultrassonografia (US) entrou para o arsenal de diagnóstico do câncer de mama nos anos 1990. Trata-se de um exame bastante preciso para diferenciar um nódulo sólido de um cisto (nódulo de conteúdo líquido).
O método é muito utilizado por ser facilmente acessível e de baixo custo, além de ser bem tolerado pela paciente, porque não exige a compressão da mama.
Apesar de a maior indicação da ultrassonografia ser na diferenciação entre cisto e nódulo sólido eventualmente detectado na mamografia, ela também tem papel relevante em achados palpáveis, que não mostram alterações na mamografia.
Quando a ultrassonografia deve ser feita?
Mama densa
Quanto mais gordura tiver a mama, mais fácil é detectar um tumor na mamografia, porque a gordura fica escura no filme e a lesão fica branca. É a mama que apresenta mais tecido fibroglandular do que tecido gorduroso. Na mama densa, como a glândula mamária e o tumor apresentam densidades similares (“brancos”), a lesão pode ficar camuflada, sendo, portanto, recomendada a complementação com a ultrassonografia.
Em tal contexto, a ultrassonografia é extraordinária: um estudo de referência mostrou que é possível a detecção de 3 a 4 tumores a mais pela ultrassonografia, não vistos na mamografia, em geral menores que 1 cm e com probabilidade de cura acima de 95%.


Fonte: Vencer o câncer de mama / Antonio Carlos Buzaid, Fernando Cotait Maluf e Debora de Melo Gagliato – São Paulo: Dendrix, 2020.
Ressonância
A ressonância magnética de mama é recomendada em diversas situações, pois ela tem papel fundamental no estudo das pacientes de risco alto para câncer de mama, principalmente naquelas com mutação genética ou história familiar importante da doença (parentes de primeiro grau – mãe, irmã ou filha com câncer de mama).
Recomendamos que mulheres de alto risco para câncer de mama realizem ressonância anualmente, associado à mamografia, anualmente.
Outra importante indicação da ressonância é a avaliação pré-operatória do câncer de mama para melhor estimar a extensão ou a presença de focos adicionais.

Fonte: Vencer o câncer de mama / Antonio Carlos Buzaid, Fernando Cotait Maluf e Debora de Melo Gagliato – São Paulo: Dendrix, 2020.